domingo, 18 de setembro de 2011


um dia hei de amadurecer e entender as relações humanas
                                                          sem mesquinhez,
então,escreverei um tratado e aceitarei as pessoas como elas são.
(com seus absurdos e suas idiotices,
com suas limitações e seus exageros)
serei mais observador que julgante!
terei cadeira de balanço na varanda e cestas de frutas para observar.

compreenderei, talvez,esta essência da agonia
e, igual membro de uma tribo africana,
eu cantarei, reencontrarei em outras bocas, em novas trilhas,
                                                              a minha canção.
(a canção entoada quando nasci)
descobrirei, então, as notas, os ritmos e o farfalhar das folhas do buriti.

que mistério há guardado em cada pessoa?
ser leal a todos e a ninguém no mesmo segundo?
no rastro viscoso de um caramujo
ficar absorto a ensimesmar o mundo?

(que tens?
que tens cachoeira incessante de interrogações?)
                                                JOÃO, acorda!
                                               MARIA, acorda!
                                              acordem todos!
está para nascer o sol... um rebento raio de luz toma o horizonte e a manhã.
                                                                          vês a magia oculta?
percebes a sonoridade dos galhos,das folhas, do teu coração que palpita?
vês o teu pensamento sem memória e a tua despreocupação com aquele
                                     que te sente muito mais que matéria vibrante?

os teus passos não são assim e tua boca é demais segredo.
vês?
há um formigueiro a tua volta...
formigas em todos os lugares,
no piso,
na tua flor,
no teu açucareiro.

não podem ser ambíguos os teus caminhos,
nem duvidosas as tuas aspirações,
                         o teu desejo...
é preciso desejar ser... romper.

                                   não há vida,
                                    não há paz,
não há aprendizado sem o teu desejo.
                             (não há sonhos!)
                          tudo fica impossível,
                                         distante,
                                             fraco,
                                        invisível...

reconheça o teu espelho
                        a tua pele
                        o teu gosto
                        a tua verdade
a tua saciedade incoerente e não dogmática.
                                                              és rei
                                                               rainha
                                                               plebeu
                                                               vil passante
                                                                pedaços de ti e de tua respiração
                                                                                             ofegante...
sê sentimentos!

que tua casa seja tua mente, teu coração, o olhar
                                          e teu olhar, o sentir.
(que tenhas o entendimento de tua volta)
que sejas mais, e sempre... e tudo!
                                         pétala e pedra,
                                         limites e horizontes,
                                         fruto e fertilidade.
não cabem nas coisas banais a tua existência e existências, jamais,
                                             deverão ser banais ao teu sentir!
existes!
existe o córrego,
existe o pássaro,
existe a rua,
existe a praga,
existem os ciclos,
existem outras pessoas...

(existências tantas banalizadas).

funde-te ao teu sentir, ao teu céu.
não conspurques contra ti!
não blasfemes a tua liberdade do/no amor...

                                                                  silêncio!
há outros gritos, novos sons...
gemina o teu coração ao meu! ouve!
em cada coisa nunca existiu adeus.
segura estás, pelas tuas mãos. feliz serás, pelos olhos teus.

[daufen bach.]

Não é tão simples sermos LUZ! Mas vale a pena!!


A PEQUENA ALMA E O SOL – NEALE DONALD WALSCH

Era uma vez, em tempo nenhum, uma Pequena Alma que disse a Deus:

- Eu sei quem sou!

E Deus disse:

- Que bom! Quem és tu?

E a Pequena Alma gritou:

- Eu sou Luz

E Deus sorriu. – É isso mesmo! – exclamou Deus. – Tu és Luz!

A Pequena Alma ficou muito contente, porque tinha descoberto aquilo que todas as almas do Reino deveriam descobrir. – Uauu, isto é mesmo bom! – disse a Pequena Alma. Mas, passado pouco tempo, saber quem era já não lhe chegava. A pequena Alma sentia-se agitada por dentro, e agora queria ser quem era. Então foi ter com Deus ( o que não é má idéia para qualquer alma que queira ser Quem Realmente É ) e disse:

- Olá Deus! Agora que sei Quem Sou, posso sê-lo?

E Deus disse:

- Quer dizer que queres ser Quem já És?

- Bem, uma coisa é saber Quem Sou, e outra coisa é sê-lo mesmo. Quero sentir como é ser a Luz! – respondeu a pequena Alma.

- Mas tu já és Luz – repetiu Deus, sorrindo outra vez.

- Sim, mas quero senti-lo! – gritou a Pequena Alma.

- Bem, acho que já era de esperar. Tu sempre foste aventureira – disse Deus com uma risada. Depois a sua expressão mudou. – Há só uma coisa…

- O quê? – perguntou a Pequena Alma.

- Bem, não há nada para além da Luz. Porque eu não criei nada para além daquilo que tu és; por isso, não vai ser fácil experimentares-te como Quem És, porque não há nada que tu não sejas.

- Hã? – disse a Pequena Alma, que já estava um pouco confusa.

- Pensa assim: tu és como uma vela ao Sol. Estás lá sem dúvida. Tu e mais milhões, ziliões de outras velas que constituem o Sol. E o Sol não seria o Sol sem vocês. ‘Não seria um sol sem uma das suas velas… e isso não seria de todo o Sol, pois não brilharia tanto. E no entanto, como podes conhecer-te como a Luz quando estás no meio da Luz – eis a questão’.

- Bem, tu és Deus. Pensa em alguma coisa! – disse a Pequena Alma mais animada. Deus sorriu novamente.

- Já pensei. Já que não podes ver-te como a Luz quando estás na Luz, vamos rodear-te de escuridão – disse Deus.

- O que é a escuridão? perguntou a Pequena Alma.

- É aquilo que tu não és – replicou Deus.

- Eu vou ter medo do escuro? – choramingou a Pequena Alma.

- Só se o escolheres. Na verdade não há nada de que devas ter medo, a não ser que assim o decidas. Porque estamos a inventar tudo. Estamos a fingir.

- Ah! – disse a Pequena Alma, sentindo-se logo melhor.

Depois Deus explicou que, para se experimentar o que quer que seja, tem de aparecer exactamente o oposto.

- É uma grande dádiva, porque sem ela não poderíamos saber como nada é – disse Deus – Não poderíamos conhecer o Quente sem o Frio, o Alto sem o Baixo, o Rápido sem o Lento. Não poderíamos conhecer a Esquerda sem a Direita, o Aqui sem o Ali, o Agora sem o Depois. E por isso, – continuou Deus – quando estiveres rodeada de escuridão, não levantes o punho nem a voz para amaldiçoar a escuridão. ‘Sê antes uma Luz na escuridão, e não fiques furiosa com ela. Então saberás Quem Realmente És, e os outros também o saberão. Deixa que a tua Luz brilhe tanto que todos saibam como és especial!’

- Então posso deixar que os outros vejam que sou especial? – perguntou a Pequena Alma.

- Claro! – Deus riu-se. – Claro que podes! Mas lembra-te de que ‘especial’ não quer dizer ‘melhor’! Todos são especiais, cada qual à sua maneira! Só que muitos esqueceram-se disso. Esses apenas vão ver que podem ser especiais quando tu vires que podes ser especial!

- Uau – disse a Pequena Alma, dançando e saltando e rindo e pulando. – Posso ser tão especial quanto quiser!

- Sim, e podes começar agora mesmo – disse Deus, também dançando e saltando e rindo e pulando juntamente com a Alma

- Que parte de especial é que queres ser? – Que parte de especial? – repetiu a Pequena Alma. – Não estou a perceber.

- Bem, – explicou Deus – ser a Luz é ser especial, e ser especial tem muitas partes. É especial ser bondoso. É especial ser delicado. É especial ser criativo. É especial ser paciente. Conheces alguma outra maneira de ser especial?

A Pequena Alma ficou em silêncio por um momento. – Conheço imensas maneiras de ser especial! – exclamou a Pequena Alma – É especial ser prestável. É especial ser generoso. É especial ser simpático. É especial ser atencioso com os outros.

- Sim! – concordou Deus – E tu podes ser todas essas coisas, ou qualquer parte de especial que queiras ser, em qualquer momento. É isso que significa ser a Luz.

- Eu sei o que quero ser, eu sei o que quero ser! – proclamou a Pequena Alma com grande entusiasmo. – Quero ser a parte de especial chamada ‘perdão’. Não é ser especial alguém que perdoa?

- Ah, sim, isso é muito especial, assegurou Deus à Pequena Alma.

- Está bem. É isso que eu quero ser. Quero ser alguém que perdoa. Quero experimentar-me assim – disse a Pequena Alma.

- Bom, mas há uma coisa que devias saber – disse Deus.

A Pequena Alma já começava a ficar um bocadinho impaciente. Parecia haver sempre alguma complicação.

- O que é? – suspirou a Pequena Alma.

- Não há ninguém a quem perdoar.

- Ninguém? A Pequena Alma nem queria acreditar no que tinha ouvido.

- Ninguém! – repetiu Deus. Tudo o que Eu fiz é perfeito. Não há uma única alma em toda a Criação menos perfeita do que tu. Olha à tua volta. Foi então que a Pequena Alma reparou na multidão que se tinha aproximado. Outras almas tinham vindo de todos os lados – de todo o Reino – porque tinham ouvido dizer que a Pequena Alma estava a ter uma conversa extraordinária com Deus, e todas queriam ouvir o que eles estavam a dizer. Olhando para todas as outras almas ali reunidas, a Pequena Alma teve de concordar. Nenhuma parecia menos maravilhosa, ou menos perfeita do que ela. Eram de tal forma maravilhosas, e a Luz de cada uma brilhava tanto, que a Pequena Alma mal podia olhar para elas.

- Então, perdoar quem? – perguntou Deus.

- Bem, isto não vai ter piada nenhuma! – resmungou a Pequena Alma – Eu queria experimentar-me como Aquela que Perdoa. Queria saber como é ser essa parte de especial.

E a Pequena Alma aprendeu o que é sentir-se triste. Mas, nesse instante, uma Alma Amiga destacou-se da multidão e disse:

- Não te preocupes, Pequena Alma, eu vou ajudar-te – disse a Alma Amiga.

- Vais? – a Pequena Alma animou-se. – Mas o que é que tu podes fazer?

- Ora, posso dar-te alguém a quem perdoares!

- Podes?

- Claro! – disse a Alma Amiga alegremente. – Posso entrar na tua próxima vida física e fazer qualquer coisa para tu perdoares.

- Mas porquê? Porque é que farias isso? – perguntou a Pequena Alma. – Tu, que és um ser tão absolutamente perfeito! Tu, que vibras a uma velocidade tão rápida a ponto de criar uma Luz de tal forma brilhante que mal posso olhar para ti! O que é que te levaria a abrandar a tua vibração para uma velocidade tal que tornasse a tua Luz brilhante numa luz escura e baça? O que é que te levaria a ti, que danças sobre as estrelas e te moves pelo Reino à velocidade do pensamento, a entrar na minha vida e a tornares-te tão pesada a ponto de fazeres algo de mal?

- É simples – disse a Alma Amiga. – Faço-o porque te amo.

A Pequena Alma pareceu surpreendida com a resposta.

- Não fiques tão espantada – disse a Alma Amiga – tu fizeste o mesmo por mim. Não te lembras? Ah, nós já dançamos juntas, tu e eu, muitas vezes. Dançamos ao longo das eternidades e através de todas as épocas. Brincamos juntas através de todo o tempo e em muitos sítios. Só que tu não te lembras. Já fomos ambas o Todo. Fomos o Alto e o Baixo, a Esquerda e a Direita. Fomos o Aqui e o Ali, o Agora e o Depois. Fomos o Masculino e o Feminino, o Bom e o Mau – fomos ambas a vítima e o vilão. Encontra-nos muitas vezes, tu e eu; cada uma trazendo à outra a oportunidade exata e perfeita para Expressar e Experimentar Quem Realmente Somos. – E assim, – a Alma Amiga explicou mais um bocadinho – eu vou entrar na tua próxima vida física e ser a ‘má’ desta vez. Vou fazer alguma coisa terrível, e então tu podes experimentar-te como Aquela Que Perdoa.

- Mas o que é que vais fazer que seja assim tão terrível? – perguntou a Pequena Alma, um pouco nervosa.

- Oh, havemos de pensar nalguma coisa – respondeu a Alma Amiga, piscando o olho.

Então a Alma Amiga pareceu ficar séria, disse numa voz mais calma:

- Mas tens razão acerca de uma coisa, sabes? – Sobre o quê? – perguntou a Pequena Alma.

- Eu vou ter de abrandar a minha vibração e tornar-me muito pesada para fazer esta coisa não muito boa. Vou ter de fingir ser uma coisa muito diferente de mim. E por isso, só te peço um favor em troca.

- Oh, qualquer coisa, o que tu quiseres! – exclamou a Pequena Alma, e começou a dançar e a cantar: – Eu vou poder perdoar, eu vou poder perdoar!

Então a Pequena Alma viu que a Alma Amiga estava muito quieta.

- O que é? – perguntou a Pequena Alma. – O que é que eu posso fazer por ti? És um anjo por estares disposta a fazer isto por mim!

- Claro que esta Alma Amiga é um anjo! – interrompeu Deus, – são todas! Lembra-te sempre: Não te enviei senão anjos.

E então a Pequena Alma quis mais do que nunca satisfazer o pedido da Alma Amiga.

- O que é que posso fazer por ti? – perguntou novamente a Pequena Alma.

- No momento em que eu te atacar e atingir, – respondeu a Alma Amiga – no momento em que eu te fizer a pior coisa que possas imaginar, nesse preciso momento…

- Sim? – interrompeu a Pequena Alma

- Sim? A Alma Amiga ficou ainda mais quieta. – Lembra-te de Quem Realmente Sou.

- Oh, não me hei de esquecer! – gritou a Pequena Alma – Prometo! Lembrar-me-ei sempre de ti tal como te vejo aqui e agora.

- Que bom, – disse a Alma Amiga – porque, sabes, eu vou estar a fingir tanto, que eu própria me vou esquecer. E se tu não te lembrares de mim tal como eu sou realmente, eu posso também não me lembrar durante muito tempo. E se eu me esquecer de Quem Sou, tu podes esquecer-te de Quem És, e ficaremos as duas perdidas. Então, vamos precisar que venha outra alma para nos lembrar às duas Quem Somos.

- Não vamos, não! – prometeu outra vez a Pequena Alma. – Eu vou lembrar-me de ti! E vou agradecer-te por esta dádiva – a oportunidade que me dás de me experimentar como Quem Eu Sou.

E assim o acordo foi feito. E a Pequena Alma avançou para uma nova vida, entusiasmada por ser a Luz, que era muito especial, e entusiasmada por ser aquela parte especial a que se chama Perdão. E a Pequena Alma esperou ansiosamente pela oportunidade de se experimentar como Perdão, e por agradecer a qualquer outra alma que o tornasse possível. E, em todos os momentos dessa nova vida, sempre que uma nova alma aparecia em cena, quer essa nova alma trouxesse alegria ou tristeza – principalmente se trouxesse tristeza – a Pequena Alma pensava no que Deus lhe tinha dito.

- Lembra-te sempre, – Deus aqui tinha sorrido – não te enviei senão anjos!.

Neale Donald Walsch

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Solidão necesária

Me sinto só ao amanhecer,
me sinto só de me ver,
Somente eu comigo mesma,
É um pesadelo, procuro coisas para fazer,
vejo fotos antigas que me pertencem mais,
Hoje sou duas, sensatez e loucura,
Se fosse outro dia procuraria flores,
cadê o meu pudor?
faz-se rir sem necessidade,
a dor é minha
vontade dos seus braços,
mas eles são curtos, comparados como tamanho de minha alma!

A mulher invisível

Desprezada por você. a vida continua,
Nos teus olhos enxergo um olhar,
Pensamentos soltos me fazem voar
Sem as asas que você me cortou
Levo a vida sem dor...

Dei a volta por cima nada mais me abala
O amor nasce de novo
Agora é você que cora e sou eu
que te mando embora....

Ahh a vida dá voltas
Nos reencontro que por acaso
o destino nos uniu....
aquela dor cinza para sempre sumiu...

não te quero mais ,
agora canto somente para mim....
nos teus braços fui largada
nos espelhos um único reflexo....
o brilho de mulher amada

esteja onde eu estiver, uma coisa aprendi,
que amar não é sofrer, é fluir sem motivos
humilhada nunca mais....pois,
Nunca voltarei atrás!

sábado, 3 de setembro de 2011

VIDA, VIDA E VIVA A VIDA!


EU SOU ASSIM

Pensando bem, eu sou assim:
Aquilo que eu mesmo edifico;
E vou além, e excedo a mim,
E mais que sei eu comunico.

Pensando assim, eu sou do bem:
Eu quero o bem, e o bem que eu quis,
Se ao menos foi bem para alguém,
É menos mal: me fez feliz!

E, sem pensar, eu sou sentir,
Eu sou ter fé, eu sou sorrir,
Sem bem saber o como e o quando;

Pensando em mim, eu sou amar;
No fim do túnel, continuar...
Eu sou assim...
Eu vou levando...

sábado, 20 de agosto de 2011

e a vida continua...

e que a vida seja vivida, ela é curta mais plena....
e que nossos fantasmas apareçam para nos agregar algo...
revirei minhas gavetas e dei conta do que sou , do que me tornei...
o amor que reconheço diante do espelho, é apenas o reflexo de minha alma...
Não me importo com o que falam...
me importa apenas aquilo que sinto...
e sinto dizer que a vida.....é muito mais do que enxergamos...ela realmente é o que vemos...

autora: Patrícia Lara

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Sem medo.

E que venham todas as tempestades, estarei pronta...
e que levem tudo que possuo, não preciso de vestimenta....
muito menos de compaixão......sou pura perante mim mesma....
é se perdendo que se acha!
e se esse for meu destino, cairei meio a chuva, para me molhar...
e sentir todos os pingos latejando sobre meu corpo, e com toda força
do mundo , darei um grito de LIBERDADE, não de socorro....
serei plena e deitarei de bruços, mas jamais fugirei do que me espera...
POIS esperei até agora para ver a chuva cair!!!